MIS celebra a contribuição de Georges Méliès ao cinema
Todo mundo sabe que o cinema, entre todas as artes, é a única que tem dia e hora de nascimento. Embora a projeção que os irmãos Lumière realizaram no Grand Caffé, de Paris, em 28 de dezembro de 1895, fosse a culminação de um longo processo, a data ficou para a posteridade. O cinematógrafo dos Lumière é o marco zero do cinema, mas eles - os irmãos Auguste e Louis - não acreditavam muito em seu invento. Diziam que não tinha futuro. Foi preciso que um mágico, Georges Méliès, com a sua mítica viagem à Lua, em 1902, afirmasse o potencial do cinematógrafo como máquina para fazer sonhar acordado.
Georges Méliès voltou com força no ano passado. Contribuiu, e muito, para isso o longa "A Invenção de Hugo Cabret", de Martin Scorsese, que retrata a fase final do inventor genial. Depois de produzir mais de 500 filmes, ele foi à falência e é justamente esse período que aparece em "Hugo Cabret". Antes disso, em maio de 2011, Cannes Classics se antecipara às comemorações dos 110 anos de "Viagem à Lua", exibindo a versão restaurada do filme. Historiadores lembraram que o cinema nasceu realista e documentário com os irmãos Lumière, mas que foi Méliès que lhe o formato aventuresco com que é identificado pelo público - e Méliès fez isso pensando no público das feiras populares, que era o seu público, pois ele era mágico.
GEORGES MÉLIÈS, MÁGICO DO CINEMA
MIS (Av. Europa, 158). Tel. (011) 2117-4777. 12 h/ 21 h (dom., 11 h/ 20 h; fecha 2ª). R$ 4. Até 16/9. Abertura terça, 19 h, para convidados.
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