quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Ventríloquo anima Parque dos Pássaros e Brasil inteiro

Falar sem abrir a boca. Parece impossível, mas não para quem domina a ventriloquia, como Yakko Sideratos, 31 anos, morador do bairro Parque dos Pássaros, em São Bernardo. Com seu inseparável boneco Petráki, ele ficou conhecido em todo o Brasil por sua atuação e participação em diversos programas de televisão. O companheiro é um dos mais de dez bonecos que o ventríloquo possui, sendo um deles uma versão de si mesmo.



O universo artístico sempre atraiu Sideratos. Aos 16 anos, começou a estudar mágica. Dois anos depois, seu professor o convidou para trabalhar na produção de um evento realizado na Capital quando, na ocasião, ele viu um homem encenando com um boneco. À primeira vista, a ação lhe pareceu estranha. “Olhei aquilo e falei: que coisa idiota o cara conversando com o boneco”, lembra. A opinião, no entanto, durou pouco. “Reparei que ele não mexia a boca, aí, achei o máximo.”

No ano de 2006, formado em Artes Cênicas (ele também cursou História), Sideratos trabalhava em um estúdio de dublagem, onde iniciou uma amizade com Marcos Aguena, conhecido como Japa, que integrava o elenco do programa Pânico, exibido, naquela época, pela Rede TV!. Aguena fazia espetáculos de stand up comedy (comédia em pé) e deu ao colega a ideia de ingressar na área. Mas o rapaz queria sair do tradicional. “Vi o vídeo de um americano chamado Jeff Dunham que fazia ventriloquia para adulto e falei: é isso, vou fazer também”, conta.

Começava uma árdua busca para aprender a técnica. “Pedi ao meu professor de mágica o contato de vários ventríloquos para treinar, mas todos haviam falecido. Ele me deu uma apostila e comecei a pesquisar também na internet. Via os vídeos e tentava imitar.”

Sideratos recorda que as primeiras tentativas foram frustradas. “Nos primeiros seis meses, quase desisti. Eu não conseguia conversar comigo mesmo, estava ficando doido e eu olhava no espelho e a minha boca mexia. Fui falar “agora estou bem” quatro anos depois que comecei a treinar. Para fazer o primeiro show, treinei um ano e meio.”

Hoje, no Brasil, só ele e mais uma pessoa fazem shows de stand up interagindo com bonecos. Mesmo com o domínio atual, os treinos ainda são diários. “Existem as letras labiais (M, P e B) e tem que tentar falar sem movimentar o lábio. Existem algumas que são mais para fora, como ‘F’ e ‘Z’, que também são difíceis de falar, por isso, é sempre bom treinar”, considera.

Por dois anos, Sideratos e Petráki animaram a criançada brasileira, ao lado dos palhaços Patati Patatá, em programa matinal do SBT. “Trabalhei como redator, manipulador de bonecos, ator e ventriloquia”, diz ele, concluindo: “No meio artístico sempre tentei fazer alguma coisa e nada ia. Quando achei a ventriloquia, consegui me encontrar.”

Contato com o ventríloquo pode ser feito pela página www.facebook.com/yakkosideratosator


 fonte: @edisonmariotti Acervo do museu da mágica - Do Diário do Grande ABC - http://www.dgabc.com.br/Noticia/1010618/ventriloquo-anima-parque-dos-passaros-e-brasil-inteiro?referencia=buscas-lista

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