domingo, 3 de junho de 2012

“Quando a plateia interage com a gente, é mais fácil”, diz. “É como uma mágica que acontece”.

Nesses últimos anos, Rogerito ganhou fama em Bauru como professor de técnicas circenses na Casa do Garoto e artista com a agenda cheia de apresentações em eventos e festar particulares.

Na semana passada, no entanto, voltou para o circo por um motivo nobre: a estreia de dois de seus alunos num picadeiro, com direito a plateia cheia e, claro, o famoso friozinho na barriga.

O talento de Luan Filipe e Giovanne Luiz Vital Martins, ambos de 15 anos, chamou a atenção nas aulas da Casa do Garoto. Estimulados por Rogerito, eles se transformaram nos palhaços Tampinha e Babaloo.
Tampinha faz “escada” para as apresentações, função considerada difícil por exigir o tempo certo de comédia. Babaloo já é parceiro de Rogerito em apresentações em eventos em Bauru e outras cidades.

Os dois subiram num picadeiro de circo pela primeira vez na última sexta-feira, junto com o mestre. O BOM DIA acompanhou o ensaio, um dia antes.

A estreia tem mais um motivo para ter sido especial. Aconteceu no Circo Mundo Mágico, onde Rogerito passou a adolescência. O circo está instalado na avenida Nuno de Assis, ao lado da Disbauto.
“Já montei e desmontei muito essa lona”, disse o artista ao chegar ao local. Ele circulou com a trupe por cidades dos estados de São Paulo e do Paraná. Fez de tudo: palhaçadas, equilibrismo, malabares... Até Michael Jackson dancei nesse circo”, lembrou.

Rogerito é protagonista de uma história inusitada, que mais parece ficção. Nascido no interior do Rio Grande do Sul, ele fugiu com um circo ainda na infância. Precisou insistir para aprender as técnicas.

Quando chegou ao Mundo Mágico, já era um artista. Foi o terceiro circo da carreira dele. Dali foi para o Beto Carrero e depois fez carreira internacional até sofrer o acidente e se fixar em Bauru.

Preparação Para os dois palhaços adolescentes, a paixão pelo circo chegou de forma diferente. Eles foram arredios no início e aos poucos se envolveram com o mundo artístico.
Contam com o apoio das famílias e querem se preparar para seguir adiante.

Tampinha, por exemplo, foi para o ensaio acompanhado do pai. Além das técnicas circenses, faz aulas de dança e canto. E quer estudar direito.

Babaloo quer ser professor, como Rogerito. Além de palhaço, é malabarista. É tão bom na arte de fazer graça que já é considerado profissional.

“Quando a plateia interage com a gente, é mais fácil”, diz. “É como uma mágica que acontece”.

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